Acerca da discussão envolvendo a simbologia romana contida
na materialidade do Palácio Tiradentes, por outro lado, podemos levantar outro
assunto que nos é pertinente: as supostas referências ao fascismo que,
supostamente, rodeiam o prédio histórico.
De acordo com estudiosos, estão presentes no palácio
símbolos que são expressivamente característicos do regime de Mussolini, podendo
citar, por exemplo, o feixe de madeira que envolve uma machadinha cujo topo
está uma águia. Estes símbolos representam a união e força do povo, assim como
o poder.
Dentro da galeria do plenário, a ilustração que envolve o
feixe de madeira e a machadinha aparece sucessivas vezes, se repetindo também
em frente ao prédio histórico.
É dito pelo geógrafo João Baptista Ferreira de Mello, em
entrevista concedida ao jornal O globo, que os desenhos postos à frente do
prédio da Alerj, são, na verdade, fruto da admiração que Getúlio Vargas nutria
por Benito Mussolini, líder do Partido Fascista fundado em 1919, ao fim da
Primeira Guerra Mundial.
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Figura 1 - Benito Mussolini |
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Figura 2 - Getúlio Vargas |
João Baptista também afirma que esse apreço norteou a construção de outros prédios da cidade, e que era uma forma de projetar um ideal de grandiosidade e imponência do Estado.
Por fim, alguns historiadores afirmam que não há provas de
que as especulações em torno da influência do regime fascista no prédio da
Alerj são, de fato, verdadeiras, e que sobretudo, os símbolos contidos ali
fazem alusão à antiguidade romana, apesar do fascismo ter o escolhido também
como representação.
Referências
https://oglobo.globo.com/rio/rio-450/assembleia-do-rio-tem-simbolos-que-podem-ser-da-roma-antiga-ou-referencia-ao-fascismo-16441700
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